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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
domingo, 1 de novembro de 2020
Gestão de Grupo: Como transformar em
arma sem atirar no pé
Em um
esporte coletivo é praticamente impossível se ter um bom trabalho sem a gestão
eficiente do grupo, porém algumas muitas variáveis precisam ser levadas em
consideração, a primeira e grande delas é o quanto o gestor do grupo pode
interagir com suas peças sem transformar esta numa relação pessoal danosa ao
seguimento do trabalho, porém, vamos falar antes da boa gestão, o que é saudável,
o conceito de uma boa gestão de grupo consiste primordialmente em potencializar
todas as peças dos recursos humanos dentro das suas características e converter
de maneira equalizada todas as suas incapacidades em elementos de motivação
fazendo do grupo um organismo vivo em constantes mutações e reposicionamentos
orquestrados pelo gestor buscando um relação custo benefício de ativos e
passivos.
Em
esportes coletivos são cada vez mais frequentes estudos e observações sobre
qual a melhor maneira de gerir um grupo, muito se faz atualmente por
treinadores e gestores que elaboram sua própria case de gestão que muitas vezes
tem -se alicerçadas metodologias de gestão que em sua grande maioria necessitam
de uma costura quando se expõe algumas fragilidades em situações específicas. Estes
por sua vez precisam fazer com que seu grupo cumpram de bom grado os objetivos
pessoais do técnico e coletivos da equipe muitas vezes diminuindo uma possível
evidência pessoal em prol da evidência coletiva, ai onde mora o perigo, até
onde o grupo está disposto a negar o interesse pessoal em prol do coletivo?
Qual o nível de interação que esse técnico precisa ter com este atleta para
tal? Como não transformar essa interação pessoal em uma relação tóxica e fadada
ao fracasso?
Todos
esses fatores estão diretamente ligados a motivação que cada atleta dentro compõe
a todo esse organismo, neste cada um compõe sua motivação e consequentemente
criar um grupo competitivo e maduro.
Em
1954, o psicólogo americano Abraham Maslow publicou a sua “Teoria da hierarquia
das necessidades”, identificando cinco níveis distintos de necessidades
individuais: fisiológicas, de segurança e sociais (estas três consideradas como
necessidades de ordem inferior) e, estima e autorrealização (estas duas
consideradas como necessidades de ordem superior) (SCHERMERHORN, 1999). Maslow
(1954) argumentou que as necessidades individuais existem em uma ordem
hierárquica (necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades
de pertencimento social, necessidade de autoestima e as necessidades de
autorrealização) e que as necessidades não satisfeitas motivam o comportamento.
Segundo
esta teoria, as necessidades de nível mais baixo (inferiores) devem ser
satisfeitas antes, para que as necessidades de nível superior se tornem
motivacionais. Por exemplo, as necessidades de nível inferior, como uma
remuneração adequada para cuidar da família e condições seguras de trabalho têm
de ser satisfeitas, antes que as necessidades de nível superior, tais como o
desejo de pertencimento social ou o aumento da responsabilidade, se tornem
motivacionais (SEILER et al, 2012).
Vieira
(2011) e Robbins et al (2010) afirmam que a mais conhecida teoria sobre
motivação é a hierarquia das necessidades, de Abraham Maslow. Para Campos e
Porto (2010), pode-se considerar como um dos estudos mais emblemáticos e
relevantes na história da pesquisa sobre os valores humanos a obra de Maslow
(1954). Segundo Campos e Porto (2010), a contribuição de Maslow (1954) sobre
valores é fruto de sua experiência com psicologia clínica, que tratou a
motivação como sendo o condutor do homem na busca da satisfação de suas
necessidades básicas, distribuídas numa pirâmide hierárquica, que conforme o
momento de vida estaria sujeito a alterações. A teoria das necessidades de
Maslow recebeu amplo reconhecimento, em especial por parte de gestores e
consultores (ROBBINS et al, 2010).
A Pirâmide das Necessidades Humanas, resume a Teoria de Maslow, estruturada em cinco níveis (Figura 01):
Cada
atleta em formação tem suas necessidades elencadas e colocadas acima, partindo
da base da pirâmide temos:
· Necessidades Fisiológicas, para
que sua formação seja vitalizada e possa acontecer da melhor maneira possível
temos que garantir que todos os atletas tenham seus materiais de formação a sua
disposição e que sua obtenção não seja difícil ou dificultada, como estruturas
de treino compatível, local de descanso em períodos de treino, hidratação e
material de consumo compatível com as boas práticas sanitárias e de higiene.
· Necessidades De Segurança, para
que o objetivo final seja concluído o clube precisa garantir que toda a segurança
seja disponibilizada, esta por sua vez compostas por local apto para o
desempenho da função, um cronograma claro de períodos de testes e os coeficientes
que serão utilizados para sua avaliação quando este chega ao clube para
pleitear uma vaga no grupo, após esta etapa quando já incluso na equipe precisa
que a instituição dê a ele uma condição de análise funcional e equilibrada que
o faça ter a seguridade que não será desmembrado do grupo por atuações ruins
esporádicas.
· Necessidades Sociais, são
deste grupo as mais complexas, uma vez que para que seja concluída com êxito saudável
a formação a interação social é fundamental, porém precisa ser dosada com
cuidados levando em consideração que todos os seres humanos possuem
introspectivamente dificuldades técnicas e emocionais que quase em sua totalidade
estão interligadas, desta forma o treinador ou gestor precisa adentrar nestas
particularidades, entende-las, transformá-las em gatilhos e após gerir as
ativações ou não destes durante o seu regime de treinamento e jogos com
objetivo de utilizar os ativos desses traumas em situações específicas, porém,
ai mora um grande problema, sabemos que onde mora um ativo reside também um
passivo, logo a interação exacerbada provoca sem dúvida nenhuma uma instalação
dos passivos que consequentemente se transformam em motivos para a não obtenção
dos resultados esperados, dessa forma o gestor precisa ser hábil para entender passivo
mas não acomodá-los na sua gestão, dessa forma, utilizar do atleta “o bom para bem
e o mal para bem” de seus traumas sociais, deixando esses aspectos negativos
instalados apenas nos atletas e não na sua gestão, desta forma, potencializando
sua equipe armando-os com seus traumas positivamente.
· Necessidades De Estima, essencialmente
o ser humano é imediatista quanto a sua autoestima, desta forma a o atleta por
sua precisa de uma gestão desta de maneira eficiente e eficaz, desse modo, o
treinador ou gestor precisa entender que o processo de formação está também
atrelado a uma gestão de autoestima colocando nos práxis dos treinamentos metas
diárias ou metas por demanda da qual o atleta precise atingir para que ele possa
escalarmente crescer e dentro de seu subconsciente sentir-se crescendo dentro
do seu processo formacional.
· Necessidade De Autorrealização, como
ápice da pirâmide temos a autorrealização, esse processo é fundamental para que
sua formação seja concluída com êxito uma vez que para que seu atleta possa contemplar
os “outputs” com êxito de todas as outras demandas abaixo é essencial que
intrapessoalmente ele tenha o sentimento que seus objetivos estão sendo
atingidos, nem que não totalmente porém que ele sinta que o processo de
formação esteja andando e evoluindo e ele sendo treino após treino melhor que
no treino anterior, uma ótima ferramenta para ilustrar esta etapa da
necessidade é criar dentro da metodologia de treinamento um espécie de “estágio
para o alto rendimento “ que são treinamentos simulados com tempo determinado
para este, no qual naquele momento ele obterá um release do ambiente no qual
ele está sendo formado para conviver.
Após
gerir cada fase dessa adaptada pirâmide das necessidades de Maslow com atenção
principalmente ao detalhes mais fragmentais não deixando seu acúmulo e antes de
tudo criando um plano de ação de intervenção do modos operandi de cada elemento
do seu grupo sem dúvida você obterá da sua gestão de pessoas uma arma sem que
atire no pé.